Soltei a voz ao vento
Deixei o rio correr
E fiz tudo o que eu bem quis
A meu contento
E a voz correu, que o rio sou eu
E o que eu quiser, e ao que me der
«Que a vida só se dá p’ra quem se deu "
No espelho em que me vejo
Não vejo mais nem sombras, medos
Eu só vejo o que eu desejo
E habito assim, o mais de mim
Na claridade, da realidade
Que o medo, de ter medos, tem seu fim
E abri as asas
E fui voar
E fui ser tudo o que eu sempre quis
Que o meu limite
Sou eu quem traço
E eu que desfaço
Sempre que eu assim quiser